Ex-ministro Sérgio Moro depõe à Polícia Federal: De volta à Curitiba, mas agora não mais como Juiz. O Depoimento foi determinado pelo ministro Celso de Mello, relator do caso, e é colhido por delegados da PF e acompanhado pelos procuradores que tiveram autorização de Mello.
Ex-ministro Sérgio Moro depõe à Polícia Federal
Agora como um acusador comum, porém com as mesmas atitudes de quando era Juiz. Atitudes pouco louváveis vão dando um rosto à face sem escrúpulos do ex juiz. Pouco importa para esta pessoa, leis e direito à privacidade. É uma pessoa que tem ódio, doentia. Para este tipo de pessoa, os fins justificam os meios.
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, chegou para depor na Superintendência da Polícia Federal (PF), por volta das 13h50 deste sábado (2). O depoimento começou pouco depois das 14h.
Moro deve ser questionado sobre as acusações de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir no trabalho da PF e em inquéritos relacionados a familiares. As acusações foram feitas pelo ex-ministro quando ele anunciou sua saída do governo, há uma semana.
O inquérito foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e vai investigar se as acusações de Moro são verdadeiras. Se não forem, o ex-ministro poderá responder na Justiça por denunciação caluniosa e crimes contra a honra.
Dezenas de manifestantes se aglomeraram em frente à PF desde o início da manhã. Há grupos a favor do ex-ministro e também a favor do presidente Bolsonaro. Eles se reuniram com faixas, cartazes, carro de som e gritaram palavras de ordem.
O depoimento foi determinado pelo ministro Celso de Mello, relator do caso, e é colhido presencialmente por delegados da PF e acompanhado pelos procuradores que tiveram autorização do ministro Mello.
São eles:
- João Paulo Lordelo Guimarães Tavares,
- Antonio Morimoto e
- Hebert Reis Mesquita.
De acordo com informações da RPC, Moro é ouvido em uma sala ampla com a distância recomendada por causa do Coronavírus e com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
O depoimento é conduzido pela delegada Christiane Correa Machado, chefe do Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq)
Acusações de Moro
Mensagens trocadas pelo ex-ministro e reveladas pelo Jornal Nacional mostram que a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) tentou convencer Moro a permanecer no cargo, em meio à polêmica envolvendo a troca de comando da Polícia Federal.
A parlamentar se ofereceu para tentar convencer o presidente da República a indicá-lo para uma vaga de ministro do STF. Moro deixou o governo após Bolsonaro ter demitido o delegado Maurício Valeixo do comando da PF.
O pedido de redução do prazo para que Moro fosse ouvido foi enviado ao STF na tarde de quinta-feira (30) por três parlamentares: o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES).
“A gravidade das acusações dirigidas ao presidente da República, em nosso entendimento, somada à grave crise política pela qual atravessa o país, leva a crer que o prazo de 60 (sessenta) dias para a realização da diligência em tela pode se demonstrar excessivo, mormente porque o prolongamento da crise política resulta em prejuízos para o combate às concomitantes crises na Saúde e na Economia. Nesse sentido, a elasticidade do prazo concedido pode redundar em iminente risco de perecimento das provas”, argumentaram os congressistas.
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